
Greve parcial na CP com adesão de 100% apenas com serviços mínimos
A adesão à greve parcial dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05h00 de hoje e que terminou às 08h30, foi de 100%, tendo sido cumpridos os 25% de serviços mínimos, segundo o sindicato.
A greve parcial teve início às 05h00 e terminou às 08h30, mas os efeitos sentiram-se durante a manhã. A adesão à greve foi de 100%, tendo sido apenas cumpridos os 25% respeitantes aos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral”, disse Luís Bravo, do SFRCI – Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.
O sindicalista disse que a greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.
“A greve parcial mantém-se até Terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na Quarta-feira dia 14”, adiantou.
De acordo com Luís Bravo, a greve “mostra bem o descontentamento dos trabalhadores” em luta contra os salários baixos desde 2010.
“Em 2025, o Governo dá continuidade à sua politica de baixos salários, tendo aplicado um aumento salarial no valor de 34,00€ (Euros) no salário base, valor mais uma vez abaixo do aumento salarial verificado no salário mínimo, considerado muito insuficiente por parte dos trabalhadores”, segundo o sindicato.
De Quarta-feira a Sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que até Sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.
Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de Abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que “o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação”.
A paralisação, que começou na Quarta-feira e se prolonga até 14 de Maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra”, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, disseram os sindicatos.